Hoje fiz uma enquete perguntando para as mulheres se o corpo delas já havia recebido críticas dos pais e fiquei sem ar, de tantos relatos terríveis que recebi em 4h no ar. Pessoas que foram humilhadas na frente dos amigos, que odeiam verão até hoje, que desenvolveram distúrbios alimentares, que só conseguem colocar biquíni quando não estão perto da família, que foram proibidas de comer! 75% foi criticada apenas por existir em determinado tipo de corpo.

Estamos acostumadas demais a sermos avaliadas pelos nossos corpos, numa cultura onde se associa magreza à saúde, onde humilhação é “motivação” para mudanças.

Tendemos a reproduzir todas essas crenças e expectativas sobre nós mesmas e sobre nossas crianças e adolescentes, porque foi exatamente o que a mídia e a família fizeram conosco. É o normal. Agora pense: não dá pra dissociar o corpo do resto de nós. Se as pessoas que dizem que nos amam incondicionalmente, acham nossos corpos inadequados, nós basicamente nos tornamos inadequados pra eles e pro mundo.

É certo julgar o peso, o cabelo, o tamanho de alguma parte do corpo, a cor da pele, justamente quando nossas crianças e adolescentes estão construindo sua visão de si no mundo?

Precisamos pensar em saúde como algo muito maior do que nos é vendido. Saúde é ter hábitos saudáveis, boas relações sociais, boa visão de si, contato com a natureza, saúde mental e uma boa alimentação.

Ninguém se cuida se não se ama. Vamos fomentar o auto amor em nós mesmas e nas nossas crianças, a saúde começa aí.

* Texto de Thais Basile, educadora Parental pela PDA, Analista Comportamental e Pesquisadora. É autora da conta no Instagram @educacaonaoviolenta.

Disciplina Positiva

Através da Disciplina Positiva aprendemos a centrar-nos em potenciar habilidades em nossos filhos para que possam ser capazes de solucionar problemas por eles mesmos. Também reconhecemos que castigos físicos e psicológicos não são recursos que favoreçam a criar crianças com autonomia, responsáveis e independentes. Saiba mais:

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