Um dos lugares desde onde nós pais podemos deter-nos, durante a criação, é o controle. Temos a crença de que quanto mais o exerçamos e quanto mais submissos respondam nossos filhos, nossa taxa de sucesso sobe.

O excesso de controle surge do “descontrole interno”. O que não estou solucionando em mim mesmo como adulto, o projeto em meu entorno e exteriorizo essa necessidade a qual recai nas crianças, principalmente, (mas também no casal ou no entorno imediato). Então temos crianças sendo crianças (com os comportamentos típicos) com mensagens como: “eu tenho a razão”, “aqui se faz o que eu digo”, “tem que me fazer caso porque sou a mamãe”, “é assim e ponto”, etc. que se transformam, mais adiante, na voz interna que diz a nossos filhos que só há um caminho para fazer as coisas e que precisam da aprovação da mamãe e do papai.

Esta criança tem 2 saídas. A primeira é a submissão que agrada às custas de sua individualidade e a outra é a rebeldia, normalmente presente na adolescência, quando essa busca pela liberdade a leva a contrariar sem analisar, já que, em sua infância, não puderam colocar em prática a resolução de problemas porque alguém mais indica que e como se fariam as coisas.

Soltar esse controle ferrenho não significa criar desde a anarquia. Trata-se de encontrar um ponto no qual nossos filhos possam desenvolver seus critérios, experimentar sua infância e que nos sintamos bem colocando limites com amor e respeito.

* Texto de Vanessa Muñoz de Colic, psicóloga.

Disciplina Positiva

Através da Disciplina Positiva aprendemos a centrar-nos em potenciar habilidades em nossos filhos para que possam ser capazes de solucionar problemas por eles mesmos. Também reconhecemos que castigos físicos e psicológicos não são recursos que favoreçam a criar crianças com autonomia, responsáveis e independentes. Saiba mais:

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