Você é um pai presente na vida de seus filhos? Essa é uma pergunta que cada pai deveria se fazer uma e outra vez ao longo do exercício de sua paternidade. Na nossa cultura, durante muitos anos, os cuidados das crianças eram obrigação da mãe. O pai era o que trazia o sustento. No entanto, a realidade mudou. Na maioria dos lares, tanto homem quanto mulher trabalham. E as crianças passam boa parte de seu dia nas creches e escolas.

Quando a família está reunida em casa, tanto o pai como a mãe deveriam exercer uma maternidade/paternidade consciente, mais participativa, envolvida e compartilhada. Ser um pai presente não significa dividir o mesmo espaço da casa. Por exemplo, a sala. Enquanto o pai assiste à televisão, a criança brinca de quebra-cabeça.

O homem deve ser co corresponsável na criação dos filhos. E não apenas isso. O pai presente também deveria ajudar a mãe, muito sobrecarregada de tarefas com a criança, com o lar e, na maioria das vezes, com o trabalho, a largo prazo, os benefícios múltiplos serão para a criança.

Quando o pai é presente e participa ativamente da vida dos filhos é tido como um super-herói, um super-pai, um pai de coragem. E não apenas isso. É essa uma forma de criação com apego. Ao estar presente, o pai garante o fortalecimento do vínculo entre pai e filho. A relação passa a ser baseada na confiança e no respeito, deixando de lado o modelo de obediência cega à figura do pai durão.

Como ser um pai presente na vida dos filhos

Obviamente, não há fórmulas secretas que nos ajudem a exercer a maternidade/paternidade em plenitude e com garantias de sucesso. Esse sucesso deve ser entendido aqui como formar um cidadão autônomo, independente, honesto, educado…

No entanto, ter em conta algumas condutas podem ajudar a se tornar um pai presente e ativo na vida dos filhos. Dentre elas, destacamos:

  • Ter uma relação afetuosa e incondicional com seu filho.
  • Manter uma relação que vá além de prover-lhe economicamente.
  • Ser partícipe e ator do cuidado diário e da criação de seu filho com ações como: cuidar, alimentar, colocar para dormir, vestir, passear, etc.
  • Promover um vínculo carinhoso, de apego mútuo, de cercania afetiva com seu filho.
  • Compartilhar com a mãe as tarefas de cuidado de seu filho e as tarefas domésticas.
  • Estar envolvido em todos os momentos do desenvolvimento de seu filho ou filha: gravidez, nascimento, infância, adolescência.
  • Oferecer-lhe uma criação respeitosa: cuidar, criar e educar com bom trato e manter um clima de diálogo e respeito com a mãe e a família.
  • Estimular o desenvolvimento de seu filho: lendo contos com ele, contando-lhe histórias, cantando-lhe ou colocando música para ouvir, apoiando-o em tarefas escolares, brincando juntos.

Então, papai, já é hora de assumir o papel que lhe corresponde na criação de seu filho. Seja participante, não deixe que o tempo passe sem desfrutar de seus filhos.

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* Foto: Instituto Luiz Gama

Criação com Apego

Criação com Apego se baseia na ideia do fortalecimento do vínculo emocional entre os pais e o bebê, a fim de que seja mais seguro e confie mais em si mesmo na fase adulta. Em nossa web, você encontra uma série de discussões interessantes que podem nos ajudar a pensar melhor nosso papel de pais no processo de criação e de desenvolvimento de nossos filhos.

2 Comentários

  1. Eu tenho uma conexão emocional muito fraca com o meu pai. Nós nunca sentamos para conversar, ou ele me dar algum conselho ou me educar emocionalmente. Ele só servia pra pagar as contas.
    Não, ele não era ausente de forma propriamemte dita. Ele nunca foi embora de casa e é casado com minha mãe até hoje, mas a conexão é fraca mesmo assim. Ele é considerado um otimo pai pra cultura da minha geração. Mas é inegavel que falta mais, principalmente no que tange sentimentos.

    • Karina Responder

      Oi Ana, obrigada por compartilhar sua vivência. De fato isso se da em muitas famílias. É inegável que nossa cultura ainda é patriarcal e machista. Os homens assumiram o papel de provedor, enquanto a mulher do lar. Essa percepção sua pode ser transformada. Seu pai, talvez, já não seja capaz de dar-se conta dessa frágil conexão, mas se você a percebe, pode aproveitar o tempo com ele para reestabelecer ou recriar a conexão.

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