“Você está mal acostumando seu filho dando colo”, afirmou o verdureiro…

Diga isso à natureza, que o colocou 9 meses próximo do meu coração, 9 meses no compasso da minha respiração, 9 meses na companhia da minha voz. Ela o mal acostumou primeiro, que, sabiamente, encheu meus peitos de leite, para que nós dois seguíssemos sendo um.

Que a natureza lhe explique isso. Por que me sorri quando estou feia e me estica os braços louco de amor.

Que o estou mal criando dando colo quando não me pede sapatos, nem um carro de luxo, tão somente que o pegue e lhe dê beijos em troca?

Não nego os seus abraços. Por que me negar? Seria reprimir o amor mais puro e incondicional. Ele me pede colo porque depois de passar quase um ano tão unidos, como jamais voltaremos a estar, nosso único consolo é nos abraçarmos, para não sentir falta um do outro e nos amarmos mais e mais.

Depois de tudo, mais cedo que tarde, aprenderá a caminhar e tudo isso será uma linda lembrança, de quando uma vez ele foi bebê e meus braços eram tudo para ele.

Assim que, senhor verdureiro, sem dúvida, a natureza é mais sábia que nós dois. O que para você é “mal acostumá-lo dando colo”, ele o chama AMAR, MAMAR, MAMÃE.

Nem as árvores soltam seus frutos pequenos… os carregam até que estejam prontos. É o natural – me disse.

E eu lhe respondi: dois quilos de batata, um de cebola…

* Texto de Eloísa Alarcón

 

Criação com apego: você não está mal acostumando seu filho!

Levar o bebê no colo é um dos 8 princípios da Criação com Apego. Tê-los em nossos braços ou carregados no sling ou canguru é sinônimo de proteção e de estreitamento do vínculo com quem o leva, normalmente mamãe e papai.

Os bebês se sentem mais protegidos, se estressam menos e vivem um estado de vigília mais tranquilo. Isso lhe permite assimilar melhor tudo que ocorre em seu entorno.

Bebês que se sentem amados e acolhidos no colo de seus pais são mais felizes, pois sofrem menos estresse.

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** Tradução livre

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