Educar a criança com respeito e amor implica aprender a aceitar que esse pequeno ser é um sujeito com emoções e todas elas válidas. É preciso entender que a criança passa por fases de desenvolvimento. Entendê-las é um caminho para manter o autocontrole em situações difíceis, dentre as quais destacamos a “birra”. O que podemos fazer quando uma criança está com raiva? Podemos enfrentar esse momento sem gritos, palmadas ou castigos. Podemos acompanhar a raiva da criança com amabilidade.

Sugerimos, aqui, três formas de acompanhar os filhos naqueles momentos em que parece que o controle está completamente perdido. Para isso, levamos em consideração a Disciplina Positiva, uma maneira de educar com afeto e respeito.

O que fazer quando uma criança está com raiva? 

No início desta publicação, mencionamos as temíveis “birras”, aquelas que nos fazem passar vergonha na rua, na chuva, na fazenda ou em uma casinha de sapê, não é mesmo? Talvez, mais nos incomode os olhares alheios que se munem de julgamentos do que a própria “birra”. Isso porque sabemos que, em algum momento, a raiva da criança passará, independente do lugar em que esteja. Ela apenas está manifestando, à sua maneira, a sua insatisfação por não conseguir o que deseja. 

O problema está na culpa e na vergonha que carregamos diante dos demais. Acabamos por sentir nos olhares dos demais o julgamento e nos autoculpamos pelo não controle de nossos filhos quando sente uma frustração. Então, despida-se dessa vergonha e foque na criança. Ela ainda é pequena e pouco entende do nosso mundo. Está aprendendo e conta com você, sua paciência e amabilidade, para ajuda-la a compreender o que sente. É através do seu exemplo que ela conseguirá desenvolver ferramentas e recursos para lidar melhor com a frustração. Seu papel de pai ou mãe é acompanha-la nesse processo. Como?

10 pautas para educar com Disciplina Positiva

Direito a expressar seus sentimentos

Isso mesmo. A criança é um sujeito que vive um turbilhão de sentimentos desencontrados. Precisa aprender a administra-los adequadamente. E, para isso, nosso papel é ajuda-los. E só podemos fazê-lo com eficiência se mantemos uma conduta positiva e firme. Então, quando a criança expresse sua raiva e lhe diga: “Estou com raiva“, evite dizer: “Não tenha raiva por isso“. Valide o que está sentindo: “Vejo que você tem muita raiva. Está bem sentir raiva, mas melhor é dizer com palavras o que sente e não jogando as coisas no chão ou batendo na outra pessoa“. Essa é uma maneira respeitosa de tratar os sentimentos de seu filho.

Expressando os sentimentos com palavras

De forma respeitosa, você mostrou a seu filho que melhor externar o que sente com palavras. Mas, para fazê-lo é preciso que lhe ensinemos. Para isso, fale com ele de seus sentimentos. Relate situações em que você vivenciou a raiva, para que ele possa aprender como fazê-lo: “Outro dia também senti raiva porque queria muito comprar uma roupa, mas deixei o dinheiro em casa“. Essa é uma forma de demonstrar que respeitamos os sentimentos, mesmo que sejam negativos. Todos são válidos e corretos. Apenas se tornam problema, quando não sabemos como maneja-los adequadamente.

Aprender a se tranquilizar

Geralmente, no momento de raiva, é impossível solucionar um conflito. O melhor é ensinar à criança a importância de ter um tempo para relaxar e se tranquilizar antes de pensar e tomar decisões. Ter esse tempo não significa reprimir o que se sente. Apenas implica evitar ações que possam causar dano no outro. O melhor, nesse caso, é estar em calma. Depois haverá todo o tempo do mundo para poder falar.

De forma prática, podemos ajudar a criança a desenvolver o autocontrole. Convido vocês a acessarem os links abaixo para conhecer formas interessantes de fomentar o

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