Se tivermos em conta como fomos educados e como nós pais educamos nossos filhos hoje, nos daremos conta de que muitas coisas melhoraram. Ainda sim, e infelizmente, muitas pessoas continuam acreditando que tanto o castigo físico (palmadas) como a agressão verbal (gritos, insultos e humilhações) devem fazer parte da educação das crianças. Essa é uma crença de que esses recursos agressivos são relevantes para mostrar sua autoridade como pais.

Como pais deveríamos entender que, ao fazer uso do castigo físico e psicológico, estamos exercendo violência com nossas crianças. Dessa forma, somos violentos quando as desprezamos ou desvalorizamos, ameaçamos com o abandono ou nos mostramos indiferentes diante do que fazem ou dizem.

Inúmeras pesquisas demonstram que essas ações são graves e causam múltiplos prejuízos à saúde física e emocional de nossos filhos. Crianças educadas em um entorno violento podem acreditar que a violência é a única maneira de solucionar os problemas. Dessa forma, aprendem que a agressão física ou verbal são modos de tratar os demais.

Maus-tratos e castigos apenas geram medo, não respeito.

Que fique claro: os maus-tratos e castigos apenas geram medo, não respeito. A violência é totalmente desnecessária. Podemos educar desde o amor e o respeito, sem utilizar de violência física ou verbal. Para isso, é preciso que tenhamos claro que papel queremos assumir como pais e mães.

Os maus-tratos apenas ocorrem porque chegamos ao ponto de normalizar a violência contra as crianças. É necessário ir na contramão. Deveríamos não ver como normal a ideia de que palmadas ou xingamentos são uma forma de ensinar algo positivo ou que constituem um “direito dos pais e mães”. Ao contrário, a violência prejudica sua saúde física e emocional, seu desenvolvimento cognitivo, sua autoestima e debilita e dificulta as relações que estabelece com outras pessoas.

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