Depois de anos de observação do percurso que fazem as birras, concluo que há 4 fases da birra.
1. Fase Aguda
Essa é a explosão visível, expressa com choro, gritos, golpes, etc. Às vezes é predizível porque vem seguida de distintos sinais de frustração que a criança da, mas que, por algo, não lemos ou contemos.
Nesse ponto, convido a permanecer próximo, onde a criança possa nos ver e, inclusive, tocar-nos se, assim, o decide. Assegurar-nos de que não está em risco físico ou afasta-lo do lugar só se está em risco sua integridade física ou a de alguém mais. Esse retiro se faz para seguir conectados com ela, não para isola-la
2. Fase Vocal
Enquanto ocorre a explosão emocional, todos os sentidos e corporalidades de nosso filho está dedicada à descarga que lhe trará o alívio, por isso cria uma barreia mediante movimentos e lamentos que o separam do exterior.
Para poder transpassar essa barreira e ter acesso à sua atenção, convido a usar o recurso da voz. Em voz baixa, calma e firme, você lhe diz que está ali, que entende e que sabe que está frustrado. Não para rogar-lhe que pare o que está fazendo, mas sim para que comece a encontrar a calma e possa escutar-nos e permitir a entrada a seu espaço individual.
3. Fase Tátil
Assim que começar a chegar a calma, mediante o uso da voz, podemos começar, progressivamente, a contenção física. Primeiro, podemos tocar as cosas e a cabeça e, quando a criança o permitir, podemos abraçar.
Provavelmente, no abraço, a criança se jogo, o choro mude e já o sentimento passe de frustração a redenção e esgotamento. Já, para este momento, haverá passado a descarga aguda, por isso que, segundo as circunstâncias, decidiremos se nos retiramos com a criança a outro espaço ou voltamos à atividade.
4. Fase Educativa
Uma vez reestabelecida a calma que pode ser minutos ou horas mais tarde, verbalizamos o ocorrido com nosso filho para reorganizar o que passou.
Com sua ajuda, vamos narrando os feitos, identificando emoções e palavreando alternativas para a próxima oportunidade. Recordemos que as birras são necessárias no processo de crescimento de nossos filhos e nosso.
* Texto de Vida Gaviria, coach de família, autora do perfil no Instagram @modomama. Tradução de Karina de Freitas.
Disciplina Positiva
Através da Disciplina Positiva aprendemos a centrar-nos em potenciar habilidades em nossos filhos para que possam ser capazes de solucionar problemas por eles mesmos. Também reconhecemos que castigos físicos e psicológicos não são recursos que favoreçam a criar crianças com autonomia, responsáveis e independentes. Saiba mais: