Um erro frequente de nós pais, na hora de educar, é cair nos extremos educacionais. Corremos o risco de acabar estabelecendo uma educação permissiva ou uma autoritária. Fato é que, quando nos tornamos pais, sempre nos perguntam o que queremos para nossos filhos. A maioria responderá: que sejam felizes, inteligentes, autônomos, independentes, responsáveis, obedientes.

Para consegui-lo, pouco a pouco, você vai moldando sua forma de ver a educação. Em geral, observamos a própria educação que nós tivemos. Se você considera que o modelo de criação dos seus pais foi bom, em geral acaba por reproduzi-lo. Também pode achar que foi bom, mas fazer uma reflexão e aprender dos erros e dos acertos da criação que seus pais lhes deram. E, se considera que foi ruim, o melhor é não reproduzir nada. Aprender dos erros e melhorar na educação de seu filho.

Onde está o erro, então? Tenhamos em conta que você teve uma infância material pobre, ou seja, você via os brinquedos, mas, por falta de dinheiro, seus pais não podiam comprar o que você queria. Provavelmente alguma vez você terá dito: “Quando tiver um filho, se tiver condições, darei o que ele quiser, porque é muito ruim ser criança, querer um brinquedo e não poder ter.”. O problema aqui é ter um filho e cair no exagero de criar seu filho sendo permissivo. Na educação permissiva vemos características, como:

  • A criança não aprende a se esforçar para ter o que deseja, já que tem tudo à mão na hora que quiser.
  • Quer sempre agradar a criança, satisfazendo todos seus caprichos.
  • Tendência a não dar importância à ordem, ao cumprimento de deveres e compromissos ou ao cumprimento de metas.
  • Opções ilimitadas para a criança, não aprendendo a ser seletiva.
  • Complacência excessiva.
  • Não estabelecem regras.

Em geral, crianças que são educadas de forma permissiva apresentam características de irresponsabilidade, transgressão, desconsideração, rebeldia, egoísmo e imaturidade.

No que diz respeito ao estilo de educação autoritário, os pais tendem a usar de recursos como castigos, gritos, palmadas, pois são extremamente exigentes e querem que a criança apresente sempre o comportamento adulto. Tanta rigidez desencadeia efeitos daninhos à criança, que se torna inflexível, temorosa, medrosa, não conseguindo autocontrolar-se. Apresenta baixa capacidade de adaptação, pouca iniciativa e criatividade, é ressentida e, em geral, tímida.

Algumas características do estilo de educação autoritária são:

  • Imposição absoluta e rígida das regras.
  • Necessidade de controle permanente.
  • Ênfase exagerada no controle e na ordem.
  • Severidade nos castigos.
  • Ordem sem liberdade.
  • Carência de estímulos para a criança ou o adolescente.
  • Não há opções, pois a opinião da criança não conta. Não se reconhecem os acertos, e os erros são castigados.
  • Frases como esta fazem parte desse tipo de criação: “você vai fazer isso simplesmente porque estou te mando fazer”.

Como vemos, não há vantagens, a longo prazo, para a criança a aplicação de uma educação excessivamente permissiva ou de uma autoritária.

Encontrar um ponto de equilíbrio é fundamental para que se dê uma educação baseada no respeito mútuo, no amor e no apego que vise a estabelecer regras simples que sejam entendidas pela criança e transmitidas com afeto e firmeza para que ela desenvolva a capacidade de tomar decisões e de ser cada vez mais autônoma e independente.

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