Uma das coisas que tenho em conta na educação da minha filha é estimular sua autoestima. Isso porque tanto meu marido como eu passamos por fases de nossas vidas em que tivemos crise de autoestima. Você pode imaginar que isso se devesse ao modo inadequado como nossos pais lidavam com suas frustrações. Daí que, hoje em dia, buscamos uma criação que nos permita, no futuro, não ter que estar buscando estratégias de como melhorar a autoestima.

Meus pais, por exemplo, me comparavam muito com minha irmã. Como ela tinha uma facilidade de concentração, queriam usá-la como exemplo. Mas isso não era legal para mim, pois tinha que fazer um esforço dobrado para tentar ser como ela. Na realidade, eu não deveria querer ser como ela, deveria aprender a ser eu mesma.

Já os pais do meu marido zangavam com ele muitas vezes, já que tirava notas baixas no colégio. Comparavam-no com os primos exemplares ou com outros companheiros de classe que eram mais dedicados. Ele não tinha o mesmo empenho que eu de querer provar que era capaz como os demais. Foi diagnosticado tardiamente com TDA (Transtorno de Déficit de Atenção), o que explicava toda a sua desconcentração em sala.

Então, antes de qualquer coisa, para trabalhar a autoestima de Laura, decidimos estudar para ser pais, . Isso mesmo! Decidimos aprender um pouco sobre o funcionamento do cérebro de uma criança para poder fazer as escolhas que considerássemos corretas para o momento em que esteja vivendo.

Como melhorar a autoestima das crianças

É muito importante ter sempre o hábito de ver o positivo em tudo o que fazemos, compreender que tanto para nós pais, como para nós filhos, cada dia é um processo de aprendizagem. Como mencionado, queremos que o desenvolvimento da autoestima seja natural, sem pressões ou qualquer tipo de coisa que acabe causando-lhe problemas que poderiam ser evitados. Mas, claro está, se fizer falta, revisaremos essas pautas para aprender como melhorar a autoestima de nossa filha.

Somos o espelho

Lembrar que nosso filho é nosso espelho. Os exemplos que lhe demos, é o que levará para sua vida.

Motive a criança com palavras

Dizer-lhe frases positivas e motivadoras. Mas, claro, sem exageros porque tudo que é demais também joga em contra.

Sem gritos nem palmadas

Permitir que aprenda de nossos erros, sem gritos ou palmadas. É comum vermos que os pais apontam os erros dos filhos, mas não lhes guia para encontrar uma solução. É importante refletir com eles esses erros.

Seja carinhoso com seu filho

Ser carinhosos em todo o momento! Fazendo isso perceberá que é um ser amado, respeitado e compreendido.

Nada de rótulos

Não etiquetar. A final de contas, nossos filhos podem acabar acreditando que essa etiqueta faz parte de sua personalidade. Valorizemos seu esforço, não o resultado.

Nada de comparação

Não comparar com os demais. Cada ser é único e especial. Cada um tem habilidades para uma ou outra coisa. A questão é saber valorizar o que nossos filhos tem de melhor e aceitar que não são perfeitos.

Valide suas emoções

É importante ajudá-los a reconhecer suas emoções. Muitas vezes os etiquetamos de ‘vagabundos’ ou de ‘rebeldes’, sem buscar dialogar com eles e saber o que lhes ocorre. Ter medo, tristeza, raiva é normal. A questão é saber reconhecer o sentimento, controlá-lo para poder buscar a melhor solução para o problema.

Não transmitir medos.

Uma pessoa, certa vez, me disse: “As crianças nascem perfeitas, somos nós que as estragamos”. Claro que cada um já traz muito de si quando nasce, mas é certo que nossos medos e inseguranças, se transmitidas, ajudarão a polir sua personalidade.

Permitir que tome decisões

Desde muito pequeno, quando veja que nosso filho está preparado para tomar decisões, possibilitemos que isso ocorra.

Tempo juntos

Dedicar parte de nosso tempo livre a nossos filhos. Essa é, sem dúvidas, a melhor maneira de conhecê-los.

Estabeleça limites

Estabelecer limites sem gritos ou ameaças. No início pode ser difícil, pois a criança não está preparada para entender o porque a educamos com base a um respeito mútuo. Mas, a longo prazo, podemos ver nossos filhos respeitando os limites adequadamente.

Acredito que a chave para uma melhor educação esteja em reeducarmos como pais, para evitar repetir em nossos filhos os mesmos erros que nossos pais cometeram com a gente. Dessa forma, não seria necessário buscar mil e uma estratégias para melhorar a autoestima de nossos filhos. Simplesmente o desenvolvimento da autoestima seria algo normal.

Para ajudar a trabalhar os problemas de autoestima, recomendamos também a leitura de outras publicações:

Inteligência Emocional

Na seção Inteligência Emocional aprendemos como ajudar nossos filhos a reconhecer e identificar as emoções corretamente. A partir do autocontrole emocional, a criança está preparada para vivenciar situações várias de uma maneira equilibrada. Descubra mais:

Disciplina Positiva

Através da Disciplina Positiva aprendemos a centrar-nos em potenciar habilidades em nossos filhos para que possam ser capazes de solucionar problemas por eles mesmos. Também reconhecemos que castigos físicos e psicológicos não são recursos que favoreçam a criar crianças com autonomia, responsáveis e independentes. Saiba mais:

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