Desde pequenos, aprendemos que respeito se consegue através da dor, do medo. Somos condicionados a temer a Deus, a temer os pais, afinal, “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Esperamos da criança um comportamento anormal para sua idade porque isso nos convém, porque ela nos “deve obediência”. Buscamos aliviar o peso disso procurando culpados ou razões pra cometermos grandes atrocidades sem entender primeiramente por que achamos comum usar a violência física ou psicológica pra conseguir o que queremos.

Acredito que nenhum pai ou mãe acorda pela manhã com o intuito de machucar seu filho de nenhuma forma, mas é preciso entender por que isso acaba se fazendo “necessário” ao longo do dia. Por que você acredita que a dor é o melhor caminho pro crescimento? Lembre-se do que você sentiu ao ser humilhado ou agredido com esse mesmo intuito de obedecer ou aprender.

Por que essa necessidade de submissão e de ter poder sobre o outro? Somos a primeira geração a questionar a parentalidade. Somos a primeira geração que está tentando fazer diferente. Somos a primeira geração que está contestando a obediência cega pra que ela seja transformada em vontade de colaborar, em empatia, em conexão.

Disciplina não tem nada a ver com violência. Disciplinar uma criança se faz necessário pra que ela entenda como se comportar no meio, mas isso deve ser feito com respeito e gentileza, não humilhação e crítica.

Usar a força pra ser respeitado é um descontrole seu e de mais ninguém, e enquanto você não se responsabilizar por isso, nada irá mudar.

* Texto de Camila Menon, especialista em Primeira Infância (@educarepreciso)

Disciplina Positiva

Através da Disciplina Positiva aprendemos a centrar-nos em potenciar habilidades em nossos filhos para que possam ser capazes de solucionar problemas por eles mesmos. Também reconhecemos que castigos físicos e psicológicos não são recursos que favoreçam a criar crianças com autonomia, responsáveis e independentes. Saiba mais:

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