A prioridade para a criança é brincar. Através dos jogos e das brincadeiras aprende as coisas do mundo. É brincando que ela se torna um sujeito curioso, criativo e imaginativo. E melhor se brincam ao ar livre.

Em casa devemos fomentar as brincadeiras. Fazer atividades de estimulação, tendo em conta a idade da criança, é sempre positivo. Os jogos não-estruturados são ideais para brincar em espaços fechados, posto que fomentam a criatividade. No entanto, a criança que brinca ao ar livre tem a possibilidade de estabelecer vínculo com coisas e pessoas.

Infelizmente, as crianças hoje estão confinadas em casa. Brincam, em sua maioria, com brinquedos eletrônicos, muitos deles que nada fomentam a imaginação da criança. A maioria dos brinquedos disponíveis no mercado induzem a atividades passivas. Muitas crianças passam horas e horas diante da televisão, se entediando, ou jogando videogames.

E não estamos dizendo que a criança não deva ver televisão, jogar videogame, ou brincar de carrinho ou de boneca em casa. Essas são atividades que podem ser também muito boas para o desenvolvimento motor e cognitivo da criança. O problema é que a maior parte do tempo apenas realize esse tipo de atividade solitária.

Nesse caso, as crianças acaba, se isolando das pessoas. Para as crianças de hoje é mais difícil estabelecer vínculos fortes com os demais, porque não se beneficiam do que lhes possa trazer os jogos ao ar livre: capacidade de compartilhar, de negociar e de resolver conflitos entre pares.

Não há estímulo para a prática de atividades ao ar livre. Claro, faltam praças nos bairros. Espaços que favoreçam que as crianças possam brincar livremente. Também nossos meninos e meninas são multitarefas. Tem uma agenda lotada de tarefas extraescolares supervisadas e controladas por professores ou monitores. E isso sem contar o nosso temor pela insegurança pública. Sentimos que o mundo está cada vez mais perigoso para eles. Enfim, o tempo do jogo livre deixa de existir.

Com tudo isso, perde-se a espontaneidade do brincar. Muitos se lembraram das brincadeiras de roda, do pique-sem-pique, de pular corda ou elástico, polícia e ladrão, queimada… Esses jogos livres permitem à criança explorar e conquistar o mundo sem apoio ou interferência de adultos.

Brincando ao ar livre…

Juntas as crianças constroem minimundos e, através deles, vão adquirindo experiências que serão chave para sua vida futura. Esses jogos ao ar livre são importantes para o desenvolvimento do campo e do cérebro das crianças.

É preciso que nós pais fomentemos o jogo livre, dando a nossos filhos a possibilidade de conviver com outras crianças. Mas isso não em atividades extraescolares quando devem seguir as regras propostas. Devemos criar o cenário ideal (espaço ao ar livre: parques e praças) onde nossas crianças possam elas mesmas criar juntas suas regras e suas brincadeiras.

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