A Cigarra e a Formiga é uma das fábulas populares atribuída a Esopo e recriada por Jean de La Fontaine. Nesta publicação, trazemos a história da Cigarra e a Formiga, uma tradução da fábula de Esopo por Ruth Rocha, bem como outras versões, incluída a de La Fontaine e Monteiro Lobato. O objetivo é oferecer a você material necessário para trabalhar a narrativa com as crianças a partir da sua leitura e elaboração de atividades.
Resumo da história da Cigarra e a Formiga
Com a chegada do inverno, uma cigarra se encontra desprovida de alimento. Pede algumas migas de pão às formigas que a recriminam por ter passado todo o verão cantando e dançando.
Moral da história
A lição simples e direta desta fábula é a importância do trabalho. O modo de vida das personagens (a cigarra e a formiga) são aproveitadas para representar posturas opostas na vida. De um lado a cigarra que aproveita o presente sem pensar no futuro e, de outro, as formigas, que trabalham no verão para ter provimento no inverno.
Versão completa de Esopo da fábula A Cigarra e a Formiga
Num belo dia inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de comidas. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado molhados. De repente aparece uma cigarra:
– Por favor, formiguinhas, me deem um pouco de comida!
As formigas pararam de trabalhar, coisas que era contra seus princípios, e perguntaram:
– Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
Falou a cigarra:
– Para falar a verdade, não tive tempo. Passei o verão todo cantando!
Falaram as formigas:
– Bom… Se você passou o verão todo cantando, que tal passar o inverno dançando?
E voltaram para o trabalho dando risadas.
MORAL DA HISTÓRIA: Os preguiçosos colhem o que merecem.
A Cigarra e a Formiga, de Esopo (traduzida por Ruth Rocha)
A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!
MORAL DA HISTÓRIA: Trabalhemos para nos livrarmos do suplício da cigarra, e não aturarmos a zombaria das formigas.
A Cigarra e a formiga, de La Fontaine (traduzida por Bocage)
Tendo a cigarra em cantigas
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.
– “Amiga”, diz a cigarra,
– “Prometo, à fé d’animal,
Pagar-vos antes d’agosto
Os juros e o principal.”
A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
– “No verão em que lidavas?”
À pedinte ela pergunta.
Responde a outra: – “Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.”
– “Oh! bravo!”, torna a formiga.
– “Cantavas? Pois dança agora!”
A Cigarra e a Formiga, de Monteiro Lobato
Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro.
Bateu – tique, tique, tique…
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.
– Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
– Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu…
A formiga olhou-a de alto a baixo.
– E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
– Eu cantava, bem sabe…
– Ah! … exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
– Isso mesmo, era eu…
– Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho.
Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
MORAL DA HISTÓRIA: Moral da História: Os artistas: poetas, pintores, músicos, são as cigarras da humanidade.”
Sem barra, de José Paulo Paes
Enquanto a formiga
Carrega a comida
Para o formigueiro,
A cigarra canta,
Canta o dia inteiro.
A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga.
Mas sem a cantiga
da cigarra
que distrai da fadiga,
seria uma barra
o trabalho da formiga.
Livros infantis sobre a história da Cigarra e a Formiga
Antes de terminar a publicação, deixo registrado aqui algumas sugestões de títulos de livros infantis sobre a fábula de Esopo com ilustrações para ler com as crianças.
- Cultural, Ciranda (Author)
- 16 Pages - 01/01/2014 (Publication Date) - Ciranda Cultural (Publisher)
- Oom, Ana (Author)
- 32 Pages - 01/01/2020 (Publication Date) - FTD (Publisher)
- Belli, Roberto (Author)
- 16 Pages - 03/01/2016 (Publication Date) - Todolivro (Publisher)
- Capa: Capa dura com dispositivo sonoro
- Ano: 2017
- Idioma: Português
- Autor: Cristina Klein
- Dimensões: 19x18,50x1,10
- Cristina Klein (Author)
- 8 Pages - 11/16/2015 (Publication Date) - Blu (Publisher)
- Oliveira, Julie Ane (Author)
- 32 Pages - 04/01/2014 (Publication Date) - Folia de Letras (Publisher)
- Hartley, Stefania Leonardi (Author)
- 24 Pages - 04/01/2018 (Publication Date) - Happy Books (Publisher)
1 Comentário
Eu amei esse link, e quero mais dele