Trago aqui um curta super interessante. Chama-se O Cordão Umbilical, do diretor de arte Sergiy Maidukov. É um curta que todos as mães deveriam assistir, especialmente, aquelas superprotetoras. É, sem dúvida, uma grande reflexão que nos inspira a pensar sobre a relação entre mãe e filho. O que, muitas vezes, chamamos de instinto de proteção, nada mais é do que um dano permanente à saúde emocional de nossos filhos. O que podemos chamar de prova de amor incondicional acaba por se transformar em um forte golpe na autoestima da criança, que acabará por se tornar um adulto inseguro. 

O curta traz uma excelente mensagem para nós mães. Nosso amor é incondicional. Quando nos tornamos mães passamos a entender melhor nossas próprias mães. Jamais nos sentíamos capazes de viver um amor incondicional e tão entregado a nossa cria. 

No entanto, ao romper o cordão umbilical, devemos tornar-nos capazes de entender que a criança que geramos não é nossa propriedade. Não nos pertence no sentido de posse. É um ser que deseja ser respeitado em sua integridade, que deseja ser amado, que deseja descobrir o mundo.

Amar não é possuir

Como mães, devemos assumir nosso papel de guia. Ensinar a nossos filhos o melhor de nós mesmos, colocar-lhes limites, ama-los incondicionalmente. No entanto, devemos aprender a deixa-los voar, para que aprendam a se soltar e sejam sujeitos independentes, com autonomia, boa autoestima e seguros. 

Como o conseguimos, sem superprotegê-los. E isso só é possível quando aprendemos a respeitar suas necessidades, desejos e opiniões. Devemos aprender a controlar nosso ciúmes. Evitar as chantagens emocionais que o bloqueiam e criam uma relação de dependência. Aliás, devemos evitar a dependência afetiva. 

Tampouco devemos abandonar nossa própria vida em prol de nossos filhos. Entendam. Criar com apego não significa apego patológico, que devamos ser mães superprotetoras. Significa estar para a criança e atender suas necessidades. Compreende-la e ama-la desde o respeito. Estabelecer com ela uma relação de confiança, para que tenha em nós, mães, um porto seguro. 

Para cuidar de uma criança, contudo, devemos primeiro cuidar de nós mesmas. Isso inclui ser capaz de sarar nossas feridas emocionais, para poder ser mães que ofereçam às crianças um porto seguro. Não perder nossa própria individualidade é ensinar nossos filhos a terem sua própria individualidade. Somos responsáveis pela nova vida que geramos, por cuida-la e ama-la. Mas não somos responsáveis por decidir sobre sua própria vida e seu destino. Não podemos pretender viver através de nossos filhos.

Podemos dar-lhes ferramentas suficientes para que, quando estejam preparados, possam alçar seu voo com segurança e confiança em si mesmos. E nós, estaremos sempre ancoradas, para quando necessitem um abraço ou uma palavra amiga. 

Criação com Apego

Na seção Criação com Apego você encontra textos interessantes sobre como podemos criar nossos filhos com amor, respeito e firmeza. Prepararmos para ser pais é algo importante. Saber como podemos estabelecer o vínculo com nossos filhos, educando-os sem gritos, ameaças e castigos também. Acesse:

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