Parece que tudo vai dando errado. Esse negócio chamado maternidade é bem mais complicado do que poderia imaginar. Cada dia somos desafiadas, mais de uma vez, a tomar decisões que influenciam, diretamente, na vida desse ser humaninho que estamos criando.

Optamos por uma educação respeitosa, sem gritos nem castigos. Em nossa casa não há qualquer sombra de violência. Não nos insultamos nem nos ofendemos. Cuidamos da linguagem. Tampouco se usa de qualquer força física para obrigar o outro a fazer qualquer coisa. Somos conscientes de que somos o maior exemplo da filha intensa.

Ainda assim, hoje, na saída da escola a professora nos comenta que Laura bateu muito nos coleguinhos e arremeteu um pote cheio de pompons contra um deles.

No primeiro momento, a gente sentiu vergonha. A profe não sabe o que passa em casa, não é mesmo? Vendo a filha intensa que se transforma em um Tazz em meia manhã, poderia pensar que reproduz o que vivencia em casa.

Então, nos culpamos pelo que tenha acontecido. Será que estamos sendo muito brandos com ela? Será que não deveríamos começar a gritar, a zangar, a colocar de castigo? Mesmo que a escolha seja pela educação respeitosa, é inevitável não viver essa armadilha mental quando as coisas parecem ir para um rumo diferente daquele desejado.

Mas não há espaço para a desistência. Lembro que há um maravilhoso superpoder que vive em mim, o de acreditar em mim mesma. Acreditar que, sim, posso ajudar minha filha a transformar esse comportamento agressivo em algo bonito. Daí me animo, pego livros, lemos juntas, trabalhamos a empatia, conversamos sobre como o outro se sente quando alguém bate nele… Enfim, o nosso vínculo se fortalece. Ela se sente mais segura. Entende a importância de se colocar no lugar do outro.

E lá se vão vários dias que a boa filha não bate em ninguém. Está super tranquila! E nós seguimos com a árdua tarefa, de dia após dia, mostrar-lhe que uma convivência respeitosa ajuda a construir a paz no mundo.

Criação com Apego

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