Paremos o mau-trato infantil foi o título de uma campanha realizada pela Unicef em março de 2015 em quatro países da América do Sul: Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. Seu objetivo era gerar consciência na população com o fim de erradicar a violência contra os meninos, meninas e adolescentes e provocar uma mudança cultural nos adultos.

A campanha consta de quatro vídeos filmados em lugares públicos emblemáticos de Buenos Aires, Santiago, Assunção e Montevideo. Estátuas humanas simulavam situações de mau-trato infantil produzidas pelos adultos.

O mau-trato infantil é uma das preocupações centrais da UNICEF na América Latina. Somente parte da violência sofrida pelas crianças são denunciadas, posto que alguma delas ainda está muito arraigada na cultura. A violência doméstica se esconde no espaço privado, afeta a todos os estratos sociais e não se denunciam por medo, vergonha ou porque é visto como algo natural.

A violência contra crianças e adolescentes ocorrem principalmente em casa, sendo cometida pelos próprios pais e/ou adultos cuidadores. Em várias ocasiões, o uso desse método violento como punição se deve à repetição dos modelos recebidos pelos adultos em sua infância. Por isso, muitos pais justificam a violência física e psicológica de seus filhos como algo normal, posto que assim foram educados.

Quando um pai ou uma mãe dá uma palmada, uma chinelada, uma bofetada, ou xinga, humilha e insulta seu filho, desconhece que o mau-trato infantil afeta a saúde física e mental da criança. Além disso, coloca em risco a capacidade das crianças para aprender e socializar, afeta o desenvolvimento afetivo e relacional ao longo de suas vidas. Uma criança agredida por quem tanto ama tem afetada sua autoestima e confiança em si mesmo e nos demais.

Formas de mau-trato infantil

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Tomem nota! As formas de violência mais comuns são:

  • Psicológica: gritos, insultos ou humilhações diante de terceiros, não falar por um longo tempo, ameaçar com bater, jogar algum objeto, trancar a criança em espaço fechado como punição.
  • Física leve: jogar objetos, puxar o cabelo ou as orelhas, empurrar, dar bofetadas ou palmadas.
  • Física grave: Bater com o punho, morder, dar patadas; queimar com algum objeto, água quente ou cigarro; bater com as mãos ou com objetos; ameaçar com armas; utilizar faca para agredir a criança.

Paremos o mau-trato infantil

Chegou até aqui? Se você ainda bate em seu filho, dirá que isso é tudo papo furado. Continuará se convencendo de que bater educa. Talvez se veja em um beco sem saída, já que acostumado ou acostumada a bater em seu filho, ainda que queira fazer diferente, não sabe como. Posso dizer-lhe que desde o amor e o respeito é possível criar os filhos sem violência física e psicológica. Como?

Comece mudando você mesmo. Busque ajuda, se informe, leia mais. Eu mesma apanhava de meus pais, mas tenho claro que esse nunca foi e será o melhor caminho para educar uma criança. Em sua época eram o recurso que tinham. Nos dias de hoje, repetir essa lógica de criação apenas contribui para a perpetuação da violência.

E, se ainda assim, você ainda acredita que o mundo está violento porque já não se pode bater em criança, talvez precise refletir o contrário: o mundo está violento porque esse é apenas um sintoma de uma cultura que se resolve o mais mínimo problema de uma criança com violência.

A mudança pode começar por nós mesmos. E atenção! Não é fácil! Mas é possível! Acredite

Veja os vídeos

Você entrou aqui para ver os vídeos, certo?! Então não deixe de assisti-los!

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