Há algumas semanas, fizemos uma série de atividades bem simples com Laura para trabalhar as emoções. Tudo isso a partir da leitura de O Monstro das Cores, de Anna Llenas. Esse livro infantil já é um referente desenvolver a inteligência emocional das crianças. Em casa usamos muito e, com as atividades, tem ajudado muito a nossa filha a entender melhor as características de cada emoção para poder identifica-las nas distintas situações. E, como não podia deixar de ser, já que o monstro das cores, apresenta como uma das emoções a calma, propus à boa filha fazermos um pote da calma.

Com certeza você já terá lido sobre o pote da calma e como tem sido relacionado ao método Montessori. Na realidade, esse não é um recurso próprio dessa pedagogia. E, ainda que possa favorecer momentos de calma à criança, tenho minhas dúvidas sobre sua eficácia, por exemplo, para ajuda-la a se acalmar.

Aqui em casa, nunca usamos o pote da calma para que Laura se acalmasse. Nos momentos de birra, deixamos que exteriorize o que está sentindo. Ela precisa jogar pra fora essa frustração. Não temos nenhuma intenção de adestra-la para que aprenda a sufocar e/ou esconder suas emoções negativas. O que sim, quando a maré alta passa, tratamos de conversar com ela e, através do diálogo, mostrar-lhe recursos que podem ajuda-la a se acalmar, evitando que, nesse processo, se machuque, machuque os outros ou quebre objetos ao joga-los no chão.

Nós ensinamos à Laura a respirar, pois acreditamos que o saber respirar, tendo atenção plena nas ações do inspirar e do expirar tem um poder inigualável para ajudar a voltar a um estado de equilíbrio. Abaixo deixo alguns textos sobre nossa experiência.

Mas, voltando ao pote da calma, aqui usamos muito para atividade de observação e de concentração. Talvez, seja isso, como a criança consegue manter a atenção sobre o movimento do líquido no interior da garrafa, chegamos a confundir isso com calma. Claro, se estamos em um estado de concentração, apenas podemos estar desde a calma. Mas ainda assim, não é uma garrafa que traz a calma, nem a concentração que traz a calma. Ao contrário, é o estar em calma que permite a concentração e a atenção sobre o que se observa.

Exposto isso, brincamos de fazer um pote da calma. Escolhemos a cor verde por representar a calma no livro O Monstro das Cores. Laura participou de todo o processo. Depois de pronto esteve um bom tempo observando o pote da calma. Mas, desde então, não voltou a toca-lo. Veremos mais adiante se ressurge o interesse.

Educação Emocional

Na seção Educação Emocional aprendemos como ajudar nossos filhos a reconhecer e identificar as emoções corretamente. A partir do desenvolvimento da inteligência emocional, a criança está preparada para vivenciar situações várias de uma maneira equilibrada. Descubra mais:

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