Um ambiente que convida a brincar abre sua alma à criança sem pedir permissão para entrar. Abraça o assombro de ser construído por um adulto com olhos de criança.

Um ambiente que convida a brincar, em seus espaços, transforma em tesouro a tenacidade do movimento, a dúvida, a reflexão, a experimentação e o erro, o temor e o assombro.

Um ambiente que convida a brincar é protagonista da beleza. É a musa do simbolismo da linguagem da criança, representando em sua estética a importância que lhe dá o adulto à infância e à sua IMENSA pequenez.

Um ambiente que convida a brincar é recordado, na memória emotiva, durante toda a vida, na linguagem sensorial de quem o transita e APROVEITA, porque é o tempo vivido o único que nos ensina, o tempo lento, que acusa a criança para aprender.

Um ambiente que convida a brincar não faz outra coisa mais do que observar e deixar que meninos e meninas construam suas próprias histórias, proezas e vínculos, através de um constante ir e vir de materiais e móveis que se transformam e que giram ao redor de suas necessidades, e não ao revés.

Um ambiente que convida a brincar resolve dúvidas mas também gera conflitos, internos e profundos, que condicionam, de maneira positiva, o desenvolvimento e o aprendizado.

Um ambiente que convida a brincar nunca deve excluir a liberdade, porque então…

Deixaria de ser jogo.

* Texto de Silvia Soria Ferrer (Visto em @Lúdica – Espacio Infantil)

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