Lidar com sentimentos é difícil. Exige que estejamos, constantemente, atentos ao nosso “funcionamento”. Além disso, precisamos saber nomear o que estamos sentindo e expressar da maneira mais adequada, comunicando a quem está em volta de forma eficiente.

Agora veja como complica ainda mais quando vivemos em uma cultura que não valida os sentimentos como algo que se aprende (até mesmo nas escolas). Que o importante é o memorizamos e não o que sentimos?

Some a isso o fato de que, muitos adultos da minha geração e das gerações anteriores, tiveram dificuldades em expressar o que sentiam porque os pais não estavam preparados para lidar com as emoções das crianças (nem com a deles próprias)

Esperamos que as crianças reajam ao que sentem da maneira “correta”. Que aprendam sozinhos o que significa cada coisa e que não nos incomode (porque o choro deles lembra do nosso, que ficou entalado tantos anos atrás e a raiva deles lembra da nossa que foi proibida de ser expressa e assim por diante).

A geração que apelida qualquer demonstração de preocupação e luta como mimimi está educando crianças débeis emocionalmente. O resultado disso será sempre o desequilíbrio frente ao que se vive.

Educar emocionalmente deveria ser pauta constante. Nossa também. Essas frases acima foram ouvidas e faladas por grande parte de nós. Será que já não está em tempo enxergar que precisamos de cuidado?

Invalidar o sentimento de alguém, criança ou não, é uma maneira de desconectar do que não se sabe lidar. E se isso acontece, talvez já esteja passando da hora de aprender a lidar com isso.

* Texto de Ana Cecília Prado Souza, psicóloga especialista em neuropsicologia (@crescer_devagar)

Educação Emocional

Na seção Educação Emocional aprendemos como ajudar nossos filhos a reconhecer e identificar as emoções corretamente. A partir do desenvolvimento da inteligência emocional, a criança está preparada para vivenciar situações várias de uma maneira equilibrada. Descubra mais:

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