Compartilho com vocês uma versão digital de Vitória-Régia lenda do folclore brasileiro. Esse conto brasileiro tradicional faz parte da Coleção Conta pra Mim. Nesse livro, a criança conhece a conhecida lenda que vem sendo transmitida de geração a geração. A coleção foi publicada pelo Ministério da Educação (MEC), em cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Como ler para a criança? Você tanto pode salvar as páginas do livros em seu computador e imprimir para ler com as crianças, como pode ler a narrativa e contar a história a seus filhos. A ideia é viver um momento de contação de histórias em família, permitindo nossas crianças conhecer narrativas que fazem parte da nossa cultura.
Conto brasileiro – Vitória-Régia lenda
Há muitos e muitos anos, em certas noites, a Lua, chamada Jaci pelos índios tupis-guaranis, aparecia com o seu esplendor para iluminar uma aldeia na Amazônia brasileira.
Sabia-se que Jaci, quando se escondia atrás das montanhas, sempre levava consigo as jovens de sua preferência e as transformava em estrelas no céu.
Acontece que uma moça da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com esse encontro, e seus olhos brilhavam quando pensava no grande dia em que seria convidada pela deusa Jaci. No entanto, os anciões da tribo alertavam:
– Naiá, as moças são transformadas em estrelas depois que são tocadas pela formosa deusa. Não tem volta, Naiá!
Mas quem conseguia convencê-la? Naiá queria porque queria ser levada pela Lua, para ser estrela no céu e brilhar ao lado de Jaci!
Nas noites claras da floresta, ou quando apenas um pedacinho da Lua aparecia no céu, a índia sonhadora corria e implorava pelo toque de Jaci, sem nunca a alcançar.
Naiá subia nos galhos mais altos das árvores ou pernoitava no cume dos morros silenciosos, na esperança de ascender ao céu pelo convite da deusa.
Mas Jaci sumia na imensidão do céu, para depois ressurgir linda, redonda e brilhante. Enquanto isso, a jovem índia apenas definhava. Naiá já não sentia fome nem sede. E não havia pajé que a curasse do seu imenso desejo.
Uma noite, tendo parado para descansar após longa caminhada, Naiá sentou-se à beira de um lago. Viu, então, na superfície, a imagem da deusa: a Lua estava bem ali, ao seu alcance, refletida no espelho d’água. Naiá, pensando que a Lua descera para se banhar, mergulho fundo ao seu encontro e se afogou.
Jaci, comovida com tão intenso desejo, quis recompensar o sacrifício da bela jovem índia e resolveu metamorfoseá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilhavam no céu.
Assim, Naiá foi transformada na “Estrela das Águas”, única e majestosa, que é a vitória-régia ou mumuru, como é chamada pelos índios tupis-guaranis.
Conta-se que, por isso, as flores perfumadas e brancas da vitória-régia só se abrem à noite: uma homenagem à Jaci, deusa Lua. E, ao nascer do sol, as flores ficam rosadas, como o rosto da índia guerreira Naiá.
Recursos para leitura de Vitória-Régia lenda folclórica
A versão digital da lenda conta, ainda, com uma proposta de leitura dialogada. Esse é um recurso que, aliás, deveria fazer parte de todas as leituras realizadas no ambiente familiar.
História Infantil
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