Quando nos tornamos pais, queremos dar o melhor para nossos filhos. Muitos temos a ideia de querer dar a eles o que não tivemos em nossas infâncias. Daí colocamos em prática uma série de exageros que acabam por prejudicar o desenvolvimento de nossos filhos.

Como? Queremos o melhor, e acreditamos que o melhor está em proporcionar-lhes muitas coisas e brinquedos, muitas oportunidades, muita informação, muita velocidade. Dessa forma, além das horas que a criança passa na escola, ainda se vê obrigada a participar em uma infinidade de atividade que, supostamente, estão lhe preparando para a vida. E, se não bastasse, o tempo que deveria sobrar para se divertir em casa brincando, deve gastá-lo fazendo deveres. De fato são necessárias tantas tarefas escolares?

Ah, e se não é suficiente, queremos expô-los às mais diversas fontes de informações: livros, dispositivos eletrônicos, jogos. Parece que, quanto mais brinquedos e mais eletrônicos melhor, pois temos a visão errônea de que as crianças se cansam rápido de cada um deles e, para entretê-las, a novidade pode ser uma alternativa.

O fato é que tanta estimulação não deixa para a criança o tempo necessário para explorar, refletir e liberar as tensões cotidianas. Ela brinca de maneira superficial, perde interesse pelos jogos muito rápido e não desenvolvem sua imaginação.

Tantas opções acabam por tirar-lhe a liberdade e lhe rouba a oportunidade de se entediar, o que é fundamental para estimular a criatividade e a aprendizagem por descobertas.

Portento, acreditamos o mais adequado seja o brincar livre. O ideal é que a criança faça um extra curricular, e que respeitemos seus interesses e gostos na hora de escolher a atividade. E, no tempo livre, deixá-la brincar, brincar muito. Afinal, há coisa mais gostosa do que aprender brincando?

* Foto: Peterson.edu

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